quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A História de Irena Sendler

Quando a Polónia foi invadida pelos Alemães em Setembro de 1939 Irena Sendler era assistente social no Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia. A preocupação com as condições de vida dos que a rodeavam era já algo que pertencia ao seu quotidiano. O domínio Alemão e as condicionantes que este trouxe para os Polacos em geral, mas mais concretamente para os Judeus, apenas exacerbaram a dedicação desta mulher às causas sociais.  Correndo  risco de vida, como qualquer cidadão que desse qualquer tipo de ajuda a Judeus, Irena e a sua equipa, primeiro com apoios oficiais e posteriormente na clandestinidade, conseguiram retirar do gueto de Varsóvia e apoiar na sua inserção no exterior cerca de 2500 crianças.
Este é o relato, muitas vezes na primeira pessoa, desses tempos duríssimos,  mas é também um testemunho da importância que a ação de muitos cidadãos comuns, no entanto não indiferentes, teve na luta pela vida dos que não tinham qualquer hipótese de sobrevivência em alternativa.
Assim, não estamos perante apenas mais um livro sobre a Segunda Guerra Mundial ou sobre o Holocausto. É sim  uma homenagem àqueles que não hesitaram em prescindir da sua segurança para conseguir a dos outros,  e dos que tantos anos depois insistem em relembrar o terror que foi aquela época, e como muito bem diz  Marcelo Rebelo de Sousa no prefácio, continua a existir no mundo um pouco por todo o lado nos dias que correm.
E porque , como diz Irena "Há 2 tipos de pessoas:as boas e as más. Nacionalidade, raça e religião não desempenham qualquer papel; o importante é o tipo de pessoa que se é", este é um livro que nos faz acreditar na Humanidade e na sua capacidade de, entre tanto mal que nos rodeia, haver sempre alguém que não olha a meios para fazer o Bem.
Regina

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