sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Ilha

Neste breve conto cabem emoções enormes, escritas de forma belíssima e subtil. É a história de um pai doente, caminhando a passos largos para a morte, e de um filho em constante sobressalto devido à vulnerabilidade do pai, temendo o seu fim iminente. A acção decorre na ilha natal do pai, como se de uma despedida se tratasse, e esta viagem proporciona uns dias de partilha e de diálogo entre pai e filho, o que não tinha até então surgido de outro modo. Sentimentos contraditórios coexistem, num constante jogo de cuidados - não ferir susceptibilidades, não entristecer, não ser um fardo - enfim, uma tentativa constante de dissimular e/ou de tentar descortinar emoções sem ofender o outro, ocultando mágoas profundas. É uma oportunidade de libertar o que nunca foi dito, que poderá ou não ser aproveitada.

Lê-se num ápice; é triste; mas é intenso e vale a pena.

Patrícia

1 comentário:

Anónimo disse...

O que prova, se é que ainda era preciso, que a maioria dos grandes livros não são histórias felizes...